Sergi Francolí e o seu copiloto Xavi Moreno (CSM Automoció) foram os vencedores do Rali Princesa das Astúrias, a quinta etapa pontuável da Taça Ibérica TOYOTA GAZOO Racing. Este ano, a lendária prova asturiana celebrou o seu 60º aniversário e, para o comemorar, os organizadores introduziram uma nova etapa em terra, para além das suas clássicas secções de asfalto. Desta forma, o Rali Princesa das Astúrias foi a única prova mista do calendário do Trofeu monomarca ibérico organizado pela Toyota Espanha, Toyota Caetano Portugal e MSI.

A dificuldade de correr em dois tipos de piso foi agravada pelas condições climatéricas variáveis ao longo do fim de semana, que dificultaram a escolha dos pneus por parte dos pilotos.

O rali teve início na quinta-feira à tarde, com a cerimónia de partida no centro de Oviedo, e na sexta-feira de manhã realizaram-se as primeiras especiais cronometradas em terra batida.

As duas primeiras “especiais” foram neutralizadas e só na terceira é que o Toyota GR Yaris RZ mostrou todo o seu potencial, com Sergi Francolí (CSM Automoció) a terminar na sétima posição da geral, à frente de modelos de uma categoria superior. O piloto da CSM Automoció foi também o mais rápido entre os pilotos da Taça, um desempenho que repetiu na quarta prova especial do dia.

No entanto, quando parecia que Sergi Francolí (CSM Automoció) iria dominar a corrida, Bruno Bulacia (CSM Automoció), que tinha perdido muito tempo numa das classificativas da manhã, quando o seu carro parou, aumentou o ritmo e venceu tudo durante a tarde, ficando a apenas 5 segundos de Francolí, o líder no final do primeiro dia de competição.

Atrás figuravam Dani Berdomás (Grupo Breogán), Javi Villa (Asturhíbrido) e Emmanuel Gascou (CHL Sportauto), este último a pouco mais de um minuto do líder. Albert Llovera (Grupo La Grajera) e Ricardo Costa (Macedo & Macedo GTW Racing) tiveram de abandonar, devido a uma saída de estrada, embora o piloto português tenha conseguido reparar o seu GR Yaris e regressar em super-rali para a etapa de asfalto.

E foi com a presença da chuva que começou aquele que seria o dia decisivo. No difícil troço da manhã, o primeiro abandono do dia ocorreu quando Alberto Monarri saiu de pista. Sergi Francolí (CSM Automoció) impôs o ritmo desde os primeiros quilómetros e obteve quatro melhores tempos consecutivos para estabelecer uma diferença intransponível para os seus perseguidores imediatos. Atrás, Bruno Bulacia (CSM Automoció), depois da experiência adquirida no Rali de Lisboa, mostrou-se mais consistente no asfalto do Principado das Astúrias e conseguiu manter o segundo lugar durante todo o dia de sábado.

Javi Villa (Asturhíbrido), que estava a correr em casa, valorizou o conhecimento do terreno e toda a experiência que acumulou no asfalto, superfície em que foi proclamado nove vezes Campeão de Espanha de Montanha e que o ajudou a subir ao pódio pela primeira vez na Taça Ibérica TGR. Dani Berdomás (Grupo Breogán), que terminou a etapa de terra com 23 segundos de vantagem sobre Villa, foi quarto, depois de ter perdido muito tempo devido a um problema mecânico e ter penalizado 1m50s.

Miguel Campos (Macedo & Macedo GTW Racing) foi, nesta ocasião, mais competitivo e manteve, até ao seu abandono, uma bela luta pelo quinto lugar com Pierre Lafay (CHL Sportauto).

Pedro Lago (Toyota Caetano Auto) terminou na sexta posição, seguido de Emmanuel Gascou, José Mulero (Labasa), Joan Sabater (CSM Automoció) e Antonio Sainz (KOBE Motor), que cumpriu o seu objetivo de percorrer o maior número de quilómetros possível com o GR Yaris.

Nas classificativas asturianas o Toyota GR Yaris demonstrou mais uma vez o seu potencial, tanto em terra como em asfalto, já que três dos pilotos inscritos ficaram entre os dez primeiros da geral no final do rali que integra o Supercampeonato de Espanha de Ralis (SCER).